Fundamental para o bom funcionamento do organismo, o colesterol pode se tornar também um vilão para nossa saúde quando presente em excesso no corpo humano. Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que o colesterol alto é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. Estima-se que cerca de 40% da população brasileira e mundial tenha colesterol elevado, ou seja, acima de 200 mg/dL.
De acordo com o cardiologista Sidney Araújo Cunha, do Hospital do Coração do Brasil, “o colesterol é um tipo de gordura fundamental para nossa vida”. “Ele faz parte das células de nosso organismo, é importante para a fabricação dos hormônios e para a digestão através da bile. Possui função primordial desde que na quantidade certa”, completa Dr. Sidney.
O exame sanguíneo é a forma mais eficiente de avaliar se a quantidade de colesterol presente no organismo está dentro do referencial normal. Podemos determinar tanto o colesterol total quanto as frações colesterol bom (HDL) e ruim (LDL).
O cardiologista afirma ainda que a maior parte do colesterol é fabricada pelo nosso fígado e o colesterol ruim vem basicamente da gordura animal. “Carnes gordurosas, alimentos fritos e enlatados são ricos em colesterol LDL e, exatamente por isso, devem ser evitadas. Para aumentar o colesterol bom através da alimentação, uma boa opção é consumir muitas frutas, verduras, legumes e carnes pobres em gordura, como as brancas, peixes e aves”, pontua o especialista.
Independente de qual a taxa de colesterol da pessoa, o mais importante é ter um estilo de vida saudável: não fumar, manter a glicemia controlada e ter uma combinação de dieta balanceada e exercícios físicos, preferencialmente 150 minutos de exercícios aeróbicos semanais. Entre os mais indicados estão andar, correr, dançar, nadar entre outras atividades. “A atividade física baixa o colesterol total e o colesterol ruim e aumenta o colesterol bom, que é o que protege nosso corpo e, de certa, forma limpa as artérias”, detalha.
O médico explica ainda que “colesterol alto não tem sintomas”, daí a importância de realizarmos o exame de sangue. “Os sintomas surgem com as complicações decorrentes desse aumento, como infarto do miocárdio, AVC – acidente vascular cerebral (conhecido como derrame) e obstrução em qualquer artéria”, aponta.
Em alguns casos, no entanto, o aumento nos níveis de colesterol é decorrente de fatores genéticos. “Se a família inteira possui colesterol alto, possivelmente, outros membros também terão, sendo importante realizar exames com freqüência”, alerta. “A maioria do colesterol do nosso corpo é produzido pelo nosso próprio fígado. Por isso, encontramos pessoas que fazem atividade física regularmente, possuem uma dieta saudável e, ainda assim, tem colesterol alto. É porque o fígado tem uma produção exagerada de colesterol. São pessoas que precisam de um tratamento diferenciado”, completa Dr. Sidney.
Fonte: Grupo Santa Luzia
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